sexta-feira, 10 de outubro de 2008

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA.

O QUE É TOMOGRAFIA?

TOMO = partes: grafia = estudo, ou seja, tomografia é o estudo da anatomia do corpo ou de parte dele (membros, tórax, abdome, crânio, etc) de maneira seccional (como fatias do corpo). A TC foi introduzida na prática médica nos anos 70, revolucionando o diagnóstico médico por imagem, o que rendeu a outorga do prêmio Nobel de medicina a Godsfrey Hounsfield e Alan Cormack, idealizadores da TC.

Princípios Físicos:
A TC se utiliza dos princípios físicos dos raios-x, descobertos por Roentgen em 1895, incorporando a moderna tecnologia nas fases de detecção de radiação e reconstrução de imagens.
Termos utilizados em TC.

Atenuação: é característica que certos tecidos ou materiais apresentam em relação ao raio que os atravessam, ou seja, certos materiais possuem diferentes densidades, que serão interpretados pelos detectores.
Nas estruturas muito densas com os ossos, temos uma hiperatenuação do feixe de raios-x e menor quantidade de radiação atinge as câmaras de detecção, essas estruturas hiperatenuantes são apresentadas em branco nas imagens de TC.
Estruturas pouco densas como o ar provocam hipoatenuação no feixe de raios-x, sendo denominadas: hipoatenuantes e são apresentadas em preto nas imagens de TC.
Os tecidos e partes moles têm atenuação intermediária, sendo representados em diferentes tons de cinza, do preto para o branco, proporcionalmente ao aumento da atenuação.
As câmaras de detecção de radiação determinam valores objetivos, sendo que a atenuação provocada pelo objeto pode ser representada numericamente dentro de uma escala, denominada “escala de Hounsfield”, utilizando-se o termo “UHunidade Hounsfield.
Adotando-se a água como referencial de atenuação e calibrando-se os equipamentos para que a atenuação do feixe de raios-x ocasionada pela água tenha valor zero na escala, estruturas mais densas do que a água assume valores positivos, enquanto que, estruturas menos densas, assumem valores negativos.
As imagens de TC são apresentadas em um plano transversal ao objeto, a partir da análise computadorizada dos valores de atenuação obtidos durante o giro de 360° do feixe de raios –x em torno do objeto, concomitantemente ao giro sincronizado das câmaras de detecção de radiação. Nos tomógrafos do fabricante Siemens, a ampola de raios-x gira 360° no sentido horário.

TC HELICOIDAL OU TC ESPIRAL.

É considerado um novo avanço tecnológico na área de diagnóstico por imagem devido:
Á rotação contínua da ampola de raios-x acoplada a movimentação contínua do paciente a uma velocidade constante.
Durante esse processo, o foco do feixe de raios-x tem uma trajetória helicoidal em relação ao objeto em estudo, de onde se origina a terminologia helicoidal.
Vantagens sobre a TC convencional: aquisição de dados volumétrica em uma única manobra de apnéia, o que resulta em redução de registros de dados posicionalmente errados, reconstrução de imagens são mais fidedignas em diversos planos.
Nos equipamentos helicoidais, as imagens são geralmente obtidas com 3mm a 10mm de espessura, utilizando-se um “incremento” de mesa variável de 3mm a 10mm por segundo, obtendo-se maior sensibilidade com menores espaçamentos entre os cortes (imagens).
O termo “pitch” é definido na TC helicoidal como a distância percorrida pela mesa de exames durante um giro de 360° do tubo de raios x dividido pela colimação do feixe de raios-x (espessura do corte / imagem).
Exemplo: para uma rotação de 360° do tubo em 1seg., se a mesa de exame estiver se deslocando a 10mm por seg. e a espessura da imagem for de 10mm, teremos um “pitch” de 1:1 para essa mesma velocidade de rotação do tubo.
Um pitch maior resulta em menor tempo de exame ou em maior área estudada para um mesmo tempo, porém causa redução na qualidade da imagem, por exemplo: tc helicoidal abdominal possuem protocolos de exame com pitch variando de 1:1 ou 2:1, mais do que isso, teríamos problemas na qualidade da imagem.
Nos tomógrafos convencionais deve-se optar por espessuras de 4mm a 5mm (abdome, por exemplo), mesmo que se necessite de um espaçamento das imagens de 8mm ou 10mm, no caso de grandes áreas estudadas. Isso permite uma melhor definição das estruturas normais e diminui o “efeito de volume parcial” em lesões de reduzidas dimensões. Esse efeito ocorre quando a estrutura analisada tem dimensões menores do que a espessura da imagem de TC e, portanto, tem os seus valores de atenuação influência dos pelas estruturas adjacentes.

Professor: Ricardo Souza / HPSM-14 / ENFERTEC.

5 comentários:

Unknown disse...

adorei tudo gosto de vc porque ensina tudo que temos que aprender muito obrigado professor.tchau

Unknown disse...

Parabéns professor Ricardo
Pelo trabalho, muito rico seus conhecimentos e nos ajudará de mais
Abracos

Gercino de Senador Canedo Go

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Estácio disse...

Muito bom professor, me ajudando até nos blogs. Sou aluno da Biorad e tive aulas de anatomia com o senhor

Unknown disse...

Parabéns prof.Ricardo,muito bom sobre Tc claro e objetivo me ajudou muito. Um abraço.