terça-feira, 4 de novembro de 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

CLIPE RAD MED

VEJAM ESTE EXERCÍCIO MEUS AMIGOS!

EXERCÍCIOS PROPOSTOS.

1. Qual a natureza dos raios produzidos no interior da ampola de Raios X?
R: São raios de natureza corpuscular que carregam carga elétrica negativa segundo experiências realizadas por Thomson.
2. O que são feixes catódicos?
R: São feixes de elétrons em alta velocidade, produzidos no filamento catódico e acelerados por uma alta diferença de potencial (na ordem de milhares de volts) aplicada no conjunto catodo-anodo.
3. Por que a ampola de Raios X está hermeticamente fechada?
R: Para evitar que o ar ou outro qualquer gás interfira na trajetória dos elétrons e prejudique a produção de raios X.
4. O que é o Catodo e qual sua função?
R: É o eletrodo negativo formado por um filamento de tungstênio (filamento catódico) e um copo de foco (capa focalizadora) cuja função é produzir elétrons, por Efeito termiônico (produção de elétrons a partir do aquecimento de um metal no vácuo).
5. O que e o Anodo e qual sua função?
R: É o eletrodo positivo formado basicamente por uma haste de cobre (dissipador de calor), um objetivo (anteparo metálico feito fundamentalmente de Tungstênio ou Molibdênio) com sua face voltada para o catodo onde se localiza o ponto de foco (local onde os raios X são gerados, também chamado de fonte).
Existem dois tipos de anodos: os fixos e os giratórios, onde há melhor dissipação de energia térmica, através do disco anódico que neste caso teremos a pista focal.
6. Que tipo de fenômeno foi responsável pela descoberta dos Raios X?
R: A luminescência do platino cianeto de bário.
7. Por que os Raios X foram assim chamados?
R: Porque até então não se conheciam radiações com as propriedades descritas por Roentger em suas experiências, o X representa a incógnita matemática que deve ser determinada.
8. Quais as primeiras características observadas por Roentger?
R: Os raios X podem atravessar a matéria, sensibilizar filmes fotográficos, ionizar gases e produzir luminescência em elementos fluorescentes e fosforescentes.
9. Que outra descoberta foi fundamental para o diagnóstico e a terapia médica?
R: A descoberta da Radioatividade por Bequerel em 1896.
10. O que é a radioatividade?
R: É o fenômeno de emissão espontânea de radiação por núcleos instáveis.
11. Quais tipos de radiação são emitidos pelo fenômeno da Radioatividade?
R: Radiações corpusculares (radiação alfa e betas) e eletromagnéticas (radiações gama).
12. Quais fatores são responsáveis pela absorção dos Raios X?
R: A espessura, a densidade e o número atômico do material absorvedor.
13. Porque os Raios X podem prejudicar a saúde?
R: Por que são radiações do tipo ionizantes que podem quebrar moléculas vitais no metabolismo de determinadas células, como por exemplo o DNA.
14. Qual o objetivo da Radioproteção?
R: É prevenir os riscos decorrentes dos efeitos não-estocásticos, obedecendo-se a doses limites de segurança.
15. Quais os princípios básicos da Radioproteção?
R: Princípios da Justificação, Otimização e Limitação de doses.
16. O que representa a dose equivalente?
R: É a grandeza dosimétrica que relaciona o dano biológico com as doses absorvidas de radiação.
17. O que é a dose limiar?
R: Chama-se de dose limiar aquela abaixo da qual não podem ser detectadas alterações no funcionamento e na expressão de um dado ser vivo.
18. O que são efeitos biológicos determinísticos ?
R: São aqueles que não se sujeitam as leis da probabilidade.
19. O que é o fator de ponderação?
R: É a relação entre o risco estocástico para o órgão ou tecido e o risco total para o corpo inteiro.
UM ABRAÇÃO, DIVIRTAM-SE! (PROFº. RICARDO SOUZA).

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

CÁLCULO DA TÉCNICA RADIOLÓGICA



OS FATORES FORMADORES DA TÉCNICA RADIOLÓGICA E O CÁLCULO DA TÉCNICA RADIOLÓGICA.

GENERALIDADES:
Para se obter uma boa imagem no filme radiográfico, além de um bom posicionamento do paciente ou estrutura a ser radiografada, devemos saber utilizar corretamente os “Fatores radiográficos ou elementos formadores da TECNICA” utilizada para determinado caso, de forma equilibrada e que esteja dentro dos padrões de segurança e tolerância do organismo. Tais elementos são : o kV (Quilovolt), a mA (mili amperagem), o t (tempo de exposição em seg.), a “D” (distância em cm) e a constante do aparelho (K). Existem também outros fatores, como por exemplo: o uso ou não de grades, o tipo de Écran (grão fino, médio ou grosso), o EFEITO ANÓDICO e as condições do químico usado para a revelação do filme.



Painel ou mesa de comando mostrando os fatores radiográ ficos, botões seletores de voltagem e bucky, de preparo e disparo, Leds indicadores e Agulhas com escala de leitura.


*O QUE SIGNIFICA :


A) A tensão (kV): Fator radiográfico que representa a qualidade dos raios-x, sendo também responsável pelo poder de penetração dos raios-x e pelos contrastes intermediários entre o PRETO e o BRANCO (tons de Cinza). OBS: Quanto mais kV empregado, maior será o poder de penetração, ou seja, nos exames de maior espessura a radiação secundária produzida é proporcional a quilovoltagem empregada.


OUTRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE KV.


O KV está relacionado com a energia do feixe de raios-x;
Quanto maior o valor do KV aplicado, maior será a força de penetração dos fótons;
Em grande parte dos aparelhos de raios-x os valores de KV estão disponíveis em uma escala que varia entre 40 e 120KV;
O KV é o principal fator de controle da imagem.
Outra expressão usada para o cálculo do KV, descrita em algumas literaturas é:
ESP x 2 + CA=KV, onde:
ESP = espessura da área em cm;
CA = Constante do Aparelho;
KV = o que se quer saber.


Como calcular o kV? – Através da fórmula:
kV = 2 x e + K, onde:


kV é a quilovoltagem que se deseja, multiplica-se a “e” (espessura) por 2 e soma-se com a “K” (constante do aparelho).


EX: kV = ?

e = 20 cm, K = 30

kV = 2 x e + K

kV = 2 x 20 + 30
kV = 40 + 30

Resposta: kV = 70.


OBS: para encontrar a espessura da região a ser radiografada “e”, utilizamos um instrumento denominado “ESPESSÔMETRO”, que nada mais é que um tipo de régua ou escala graduada em “cm”. Caso não disponha deste instrumento, utilize uma fita ou régua para obter a medida.

B) A corrente mAs: Fator radiográfico que representa a quantidade de raios-x, sendo também responsável pelos contrastes fortes (PRETO e BRANCO). Essa quantidade depende do Tempo usado, pois o aumento de um pode ser compensado com a diminuição do outro, daí o termo mAs (mA x tempo). O mA depende do aquecimento fornecido ao CATÓDIO (-), pois quanto maior for o aquecimento, maior será a quantidade de elétrons flutuando sobre o catódio, ou seja, maior será a nuvem eletrônica que será projetada para a superfície do ANÓDIO, produzindo assim maior quantidade de raios-x.
A corrente não é calculada e sim calibrada na mesa de comando.


OUTRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE mAs.


O mAs é o produto (multiplicação) da corrente do tubo (mA) pelo tempo de exposição (t) em segundos;
O mAs define a quantidade de fótons de raios-x aplicados em uma exposição radiográfica;
Quanto maior o mAs, maior a quantidade de fótons de raios-x no feixe e, consequentemente, maior o grau de enegrecimento (densidade) da imagem.
Como calcular o mAs ? – Através da fórmula: mAs = mA x t, onde:

mAs = é o que se deseja, o mA( miliampére) multiplica-se pelo t (tempo).

EX: mAs = ?

mAs = mA x t
mA = 300 mAs = 300 x 0,5
t = 0,5 s

Resposta : mAs = 150

Outra expressão matemática descritas em algumas literaturas:

mAs / s = mA
mAs / mA = s


O cálculo do mAs pode ser obtido através da expressão matemática:
KV x CMR = mAs, onde:

CMR = Constante Miliamperimétrica Regional.

A CMR é atribuída aos diferentes tecidos e órgãos do corpo humano.

TECIDOS / ÓRGÃOS: CMR
OSSOS = 1.0
PARTES MOLES = 0.8
PULMÕES = 0.03


C) t(s): Fator radiográfico que caracteriza o “Tempo de exposição em segundos”, está intimamente ligado com a mA, pois é o tempo de aquecimento do CATÓDIO (-), lembre-se ! quanto maior for o aquecimento, maior será a quantidade de elétrons produzidos (nuvem eletrônica), ou seja maior será a quantidade de raios-x que é empregada. O tempo (t) é a duração da emissão dos raios-x e deve ser curto nas radiografias de órgãos em movimento, com por exemplo: Coração, intestino (peristalse), pulmões etc.

D) K (CA): Fator radiográfico que caracteriza a constante do aparelho, ou seja, são padrões técnicos dos componentes eletrônicos, de acordo com sua potência (padrões do fabricante). Geralmente, utilizamos um K=30 (de 20~30*)
Como calcular a K ? – Através da fórmula usada para calcular o kV:
kV = 2 x e + K, por exemplo:

K = ?
kV = 80

e = 25 cm

kV = 2 x e + K

80 – 50 = K
80 = 2 . 25 + K
80 = 50 + K


Resposta: K = 30


OBS: Quando a grade usada for da proporção 8:1, a constante do aparelho é = a 30;
Se for de 12:1, a constante será = 40.


A grade antidifusora, criada pelo Dr. Gustav Bucky, consiste em um conjunto de finas lâminas de chumbo separadas por um material radiotransparente muito leve e possui a função de absorver radiação espalhada (secundária) originada a partir da interação do feixe de raios-x primário de radiação com a área de interesse / ou parte do corpo do paciente. Deve ser usada quando a quilovoltagem for superior a 70KV.
Existem grades fixas (Dr. Gustav Bucky) e móveis (Dr. Hollis E. Potter e Dr. Gustav Bucky – sistema POTTER-BUCKY).

E) D: fator radiográfico que caracteriza a distância do foco até o filme (DfoFi), ou seja, relaciona-se com a quantidade de raios-x que saindo do foco chega até o objeto.
Essa quantidade é inversamente proporcional ao quadrado da distância e é um fator que não está relacionado diretamente com a mesa de comando.
De acordo com a Lei de Kepler, ao dobrarmos a distância foco-filme (DfoFi), teremos que quadruplicar a intensidade da radiação, para que possamos obter uma radiografia de padrões semelhantes.
Lembre-se, a distância é medida em cm ou m, sendo mais comumente usada a distância de 100 cm ou 1 m.

F) Efeito Anódico: Fenômeno que explica a quantidade a mais de radiação no lado do CATÓDIO (-). Relaciona-se com o ângulo de inclinação do alvo ou pista de choque dos elétrons no ANÓDIO (+). Portanto, o CATÓDIO (-) sempre deve estar voltado para a região de maior densidade, por exemplo:
Em uma radiografia da coluna tóraco-lombar em AP, o CATÓDIO deve estar voltado para a região lombar, radiografia do joelho em AP, o CATÓDIO voltado para o lado da coxa e etc.

OUTRAS CONSIDERAÇÕES:
Efeito Anódico: O efeito anódico descreve um fenômeno em que a intensidade da radiação emitida pelo catodo do emissor de raios X é maior do que a do anodo.
Isso se deve ao fato de o ângulo da face do anodo sofrer grande atenuação ou absorção de raios X pelo terminal do anodo.
Estudos mostram que a diferença de intensidade do catodo para o anodo no feixe de raios X pode variar de 30% a 50%, dependendo do ângulo alvo.
Em geral, quanto menor o ponto focal, maior o efeito anódico.
Observação: Um ângulo anódico mais preciso (menor que 12°) também aumenta o efeito anódico, mas isso é determinado pelo fabricante, e não pelo técnico / tecnólogo / radiologista.

UM ABRAÇÃO, PROFº. RICARDO SOUZA.

















sexta-feira, 10 de outubro de 2008

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA.

O QUE É TOMOGRAFIA?

TOMO = partes: grafia = estudo, ou seja, tomografia é o estudo da anatomia do corpo ou de parte dele (membros, tórax, abdome, crânio, etc) de maneira seccional (como fatias do corpo). A TC foi introduzida na prática médica nos anos 70, revolucionando o diagnóstico médico por imagem, o que rendeu a outorga do prêmio Nobel de medicina a Godsfrey Hounsfield e Alan Cormack, idealizadores da TC.

Princípios Físicos:
A TC se utiliza dos princípios físicos dos raios-x, descobertos por Roentgen em 1895, incorporando a moderna tecnologia nas fases de detecção de radiação e reconstrução de imagens.
Termos utilizados em TC.

Atenuação: é característica que certos tecidos ou materiais apresentam em relação ao raio que os atravessam, ou seja, certos materiais possuem diferentes densidades, que serão interpretados pelos detectores.
Nas estruturas muito densas com os ossos, temos uma hiperatenuação do feixe de raios-x e menor quantidade de radiação atinge as câmaras de detecção, essas estruturas hiperatenuantes são apresentadas em branco nas imagens de TC.
Estruturas pouco densas como o ar provocam hipoatenuação no feixe de raios-x, sendo denominadas: hipoatenuantes e são apresentadas em preto nas imagens de TC.
Os tecidos e partes moles têm atenuação intermediária, sendo representados em diferentes tons de cinza, do preto para o branco, proporcionalmente ao aumento da atenuação.
As câmaras de detecção de radiação determinam valores objetivos, sendo que a atenuação provocada pelo objeto pode ser representada numericamente dentro de uma escala, denominada “escala de Hounsfield”, utilizando-se o termo “UHunidade Hounsfield.
Adotando-se a água como referencial de atenuação e calibrando-se os equipamentos para que a atenuação do feixe de raios-x ocasionada pela água tenha valor zero na escala, estruturas mais densas do que a água assume valores positivos, enquanto que, estruturas menos densas, assumem valores negativos.
As imagens de TC são apresentadas em um plano transversal ao objeto, a partir da análise computadorizada dos valores de atenuação obtidos durante o giro de 360° do feixe de raios –x em torno do objeto, concomitantemente ao giro sincronizado das câmaras de detecção de radiação. Nos tomógrafos do fabricante Siemens, a ampola de raios-x gira 360° no sentido horário.

TC HELICOIDAL OU TC ESPIRAL.

É considerado um novo avanço tecnológico na área de diagnóstico por imagem devido:
Á rotação contínua da ampola de raios-x acoplada a movimentação contínua do paciente a uma velocidade constante.
Durante esse processo, o foco do feixe de raios-x tem uma trajetória helicoidal em relação ao objeto em estudo, de onde se origina a terminologia helicoidal.
Vantagens sobre a TC convencional: aquisição de dados volumétrica em uma única manobra de apnéia, o que resulta em redução de registros de dados posicionalmente errados, reconstrução de imagens são mais fidedignas em diversos planos.
Nos equipamentos helicoidais, as imagens são geralmente obtidas com 3mm a 10mm de espessura, utilizando-se um “incremento” de mesa variável de 3mm a 10mm por segundo, obtendo-se maior sensibilidade com menores espaçamentos entre os cortes (imagens).
O termo “pitch” é definido na TC helicoidal como a distância percorrida pela mesa de exames durante um giro de 360° do tubo de raios x dividido pela colimação do feixe de raios-x (espessura do corte / imagem).
Exemplo: para uma rotação de 360° do tubo em 1seg., se a mesa de exame estiver se deslocando a 10mm por seg. e a espessura da imagem for de 10mm, teremos um “pitch” de 1:1 para essa mesma velocidade de rotação do tubo.
Um pitch maior resulta em menor tempo de exame ou em maior área estudada para um mesmo tempo, porém causa redução na qualidade da imagem, por exemplo: tc helicoidal abdominal possuem protocolos de exame com pitch variando de 1:1 ou 2:1, mais do que isso, teríamos problemas na qualidade da imagem.
Nos tomógrafos convencionais deve-se optar por espessuras de 4mm a 5mm (abdome, por exemplo), mesmo que se necessite de um espaçamento das imagens de 8mm ou 10mm, no caso de grandes áreas estudadas. Isso permite uma melhor definição das estruturas normais e diminui o “efeito de volume parcial” em lesões de reduzidas dimensões. Esse efeito ocorre quando a estrutura analisada tem dimensões menores do que a espessura da imagem de TC e, portanto, tem os seus valores de atenuação influência dos pelas estruturas adjacentes.

Professor: Ricardo Souza / HPSM-14 / ENFERTEC.

REPORTAGEM X

Lei garante mamografia aos 40 anos pelo SUS.

A partir de agora, mulheres com 40 anos poderão fazer mamografia uma vez por ano pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, elas terão direito à assistência integral, que inclui informações sobre prevenção, detecção, tratamento e controle, ou seguimento pós-tratamento dos cânceres de mama e cólo de útero. Essas atualizações foram realizadas através da lei nº 11.664, sancionada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva em 29 de abril e debatidas pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, na Câmara dos Senadores, em Brasília. ‘‘Quando ainda não havia essa lei, as mulheres só podiam fazer mamografia a partir dos 50 anos e a cada dois anos’’, diz Maira Calefi, presidente da Femama e presidente do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul. Esss alterações no SUS têm como objetivo aumentar os diagnósticos precoces dos cânceres de colo de útero e de mama que, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), deve atingir mais de 90 mil mulheres este ano. ‘‘Os exames deverão ser feitos não só por quem já apresenta os sintomas, mas também de forma preventiva. O diagnóstico precoce é o único caminho que temos pela frente. A Femama luta para que 95% dos casos diagnosticados precocemente sejam curados, pelo aumento da cobertura da mamografia para 75% (hoje é de 23% a 60% nos Estados), 100% de qualificação de certificação de qualidade nas mamografias e agilidade no tratamento. Atualmente, são 188 dias desde a primeira consulta até o início do tratamento. Queremos diminuir o tempo para 30 dias’’, enfatiza Maira.
Fonte: Adriana BifulcoAgência Estado.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

CONTEÚDO DA PALESTRA:


EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES – PALESTRA / PROFº.: RICARDO SOUZA.

Efeitos biológicos das radiações:
São um conjunto de manifestações que podem ocorrer nos organismos, devido à atuação das radiações.

Quais são os principais efeitos biológicos das radiações no organismo?
Efeitos biológicos somáticos
Efeitos biológicos genéticos

Radiação ionizante:
É a radiação que possui energia maior do que a energia de ligação química entre os átomos.

Dessa forma, quando a radiação atravessa a matéria, esta pode sofrer ionização.

Por que a radiação ionizante pode ser considerada como o fantasma da era moderna?
1º - porque ela é invisível, inaudível, inodora, insípida e pode até matar pessoas;
2º - porque sua ação é microscópica;
3º - porque não possuímos sensores de radiação ionizante, sendo assim, não percebemos se fomos ou se já estamos sendo irradiados e muito menos por quanto.

A constituição do organismo (o corpo humano).
É constituído por:
Átomos, moléculas, células, tecidos, órgãos e sistemas.

E a água em nosso organismo?
É a substância mais abundante, presente no meio intra e extracelular.
Participa das reações químicas do organismo e ajuda nos transportes das mais variadas substancias.

Então, o que pode acontecer com a molécula de água depois de ser irradiada?
Moléculas de água irradiadas sofrem radiólise.

O que é mesmo radiólise da água?
Radio = radiações – lise = quebra, ruptura.
Radiólise é a quebra das moléculas de água causada pela atuação das radiações.


A radiólise da água é preocupante, pois os produtos resultantes podem formar radicais livres nocivos ao organismo.
Tais produtos podem afetar a constituição química das células, degradando moléculas e principalmente agredir o dna (material genético) caracterizando um efeito indireto das radiações no organismo.


Agora, quando as radiações atuam diretamente sobre o DNA, temos a caracterização do efeito direto das radiações no organismo.



Danos radioinduzidos na molécula de DNA.
Por ser responsável pela codificação da estrutura molecular de todas as enzimas das células, o DNA passa a ser a molécula chave no processo de estabelecimento de danos biológicos.
Ao sofrer ação direta das radiações (ionização) ou indireta (através do ataque de radicais livres) a molécula de DNA expõe basicamente dois tipos de danos: mutações gênicas e quebras.



A mensagem codificada no DNA pode sofrer alterações pela ação das radiações ionizantes. Estas alterações podem ser resultar em diversos efeitos, ou mesmo, não resultar em efeito algum.
Mutações gênicas: correspondem a alterações introduzidas na molécula de DNA que resultam na perda ou na transformação de informações codificadas na forma de genes.

Mutações gênicas.
Em decorrência do processo de diferenciação celular, apenas uma parcela das moléculas de DNA codificam genes ativos em um tipo particular de célula. Assim sendo, no caso de exposição às radiações, a probabilidade de que genes funcionais tenham sua estrutura alterada é relativamente pequena.
Células com mutações em genes funcionais podem apresentar alterações metabólicas de maior ou menor importância, dependendo principalmente do estágio do desenvolvimento no qual o organismo se encontre no momento da exposição.
Mutações na célula-ovo podem inviabilizar seu desenvolvimento. Na fase embrionária, podem resultar em má formação de tecidos, órgãos e membros.
Em um adulto, mutações podem ser acumuladas em tecidos ou órgãos sem prejuízo significativo para o indivíduo irradiado.

Câncer radioinduzido.
A introdução de mutações no genoma de uma célula é considerada indispensável para a indução de um câncer por ação das radiações.

No entanto, mutações radioinduzidas não evoluem obrigatoriamente para câncer.
O que se observa é que a probabilidade de cancerização a partir de células irradiadas é superior à probabilidade de ocorrência deste processo a partir de células não irradiadas.
Mutações seriam o primeiro passo do processo de cancerização.

Quebras da molécula de DNA: resultam na perda da integridade física do material genético (quebra da molécula).
A introdução de quebras na molécula de DNA pode ter como conseqüência a morte da célula irradiada, caso esta entre em processo de duplicação.
Células diferenciadas (que não sofrem divisão) podem conviver com inúmeras quebras sem, contudo, terem suas funções prejudicadas.
Síndrome do sistema hematopoiético.

Quando, por ação das radiações, um número importante de células-tronco pluripotenciais são destruídas, estabelece-se a síndrome do sistema hematopoético. Linfócitos T, plasmócitos, monócitos, neutrófilos. Acidófilos, basófilos, eritrócitos e plaquetas são elementos figurados do sangue e apresentam um alto grau de diferenciação. Conseqüentemente, pode-se afirmar que, com exceção dos linfócitos, esses elementos não manifestam os efeitos das radiações.
Com a destruição das células-tronco pluripotencial, a reposição de elementos é interrompida e a síndrome se estabelece. O indivíduo desenvolve um quadro de imunodeficiência grave, anemia e propensão a hemorragias e infecções.

Efeito das radiações ionizantes no desenvolvimento embrionário e fetal.
O feto apresenta uma intensa proliferação celular. Portanto, o feto é extremamente vulnerável à ação das radiações ionizantes.
A exposição do feto à radiação nesta fase do desenvolvimento pode resultar em má formações (teratogênese). Estas anomalias ocorrerão em tecidos que, no momento da irradiação, estiverem iniciando o processo de diferenciação

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

AOS AMIGOS TECNÓLOGOS

O QUE É UM TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA? 09.03.2006

Autor: Gustavo Agripino
Fonte: http://www.radiology.com.br

Este texto está publicado no site Radiology em resposta a inúmeras perguntas sobre o tema naquele espaço da internet.
O que é um Tecnólogo?
É um profissional de nível superior, apto a desenvolver atividades em uma área específica. Ele possui formação direcionada para aplicação, desenvolvimento e difusão de tecnologias, gestão de processos de produção de bens ou serviços. E desenvolve também sua capacidade empreendedora, estando em sintonia com o mercado.

A titulação obtida no curso superior de Tecnologia é igual a obtida em um curso superior de graduação convencional?
Sim. O Curso Superior de Tecnologia dá ao acadêmico o diploma de Graduação em nível superior, exatamente como os outros cursos de graduação superior convencional.

Depois de concluir um curso de tecnologia, o profissional poderá se inscrever em cursos de mestrado e doutorado?
Sim. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Parecer/CES nº 436/01 estabelecem que os Cursos Superiores de Tecnologia (CSTs), sendo de graduação, dão seqüência ao Ensino Médio, podendo o egresso dar prosseguimento a seus estudos em outros cursos e programas da educação superior, tais como cursos de Graduação, de Especialização e Programas de Mestrado e Doutorado.

Porque foram criados os cursos superiores de Tecnologia?
Os Cursos Superiores de Tecnologia (CSTs) vieram responder à demanda por preparação, formação e aprimoramento educacional e profissional.

A Profissão:
O curso de Tecnologia em Radiologia e Diagnóstico por Imagem visa formar profissionais aptos para um mercado de trabalho promissor, uma vez que constitui uma nova profissão e de grande aceitação na atualidade. O profissional formado em Tecnologia em Radiologia virá suprir as necessidades do mercado da Radiologia Médica, seja nos Institutos de Radiologia Diagnóstica com rotinas de exames em Radiologia Convencional, Tomografia Linear, Tomografia Computadorizada, Mamografia e Ressonância Magnética Nuclear, bem como nas Clinicas de Radioterapia e de Medicina Nuclear. Além disso, pode atuar na área industrial e como application em empresas ligadas ao ramo de equipamentos radiológicos e acessórios. O tecnólogo em radiologia pode ser o responsável técnico por uma clínica de radiodiagnóstico, podendo gerenciar seu próprio negócio. Outras áreas de atuação são a supervisão de radioproteção (quando o tecnólogo se torna especialista) e a docência em cursos de nível técnico e superior.

Regulamentação do tecnólogo no conselho profissional:

CONSELHO NACIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA
RESOLUÇÃO Nº 7, DE 22 DE MAIO DE 1998

Normatiza a inscrição dos profissionais formados pelas Faculdades de Tecnologia Radiológica no sistema CONTER/CRTRs e dá outras providencias.

O Conselho Nacional de Técnicos em radiologia, no uso de suas atribuições legais e regimentais conferidas pela Lei 7.394/85, Decreto nº 92.790/86 e Regimento Interno do CONTER.

Considerando a aprovação do Curso de Formação Profissional em Tecnologia Radiológica ministrado Pelo Centro de Ciências da Saúde e Bem Estar da Universidade Luterana do Brasil - ULBRA, através da Portaria Ministerial nº 1.106, de 5 de setembro de 1995, conforme consta no processo nº 23001.000164/94-12 do Ministério da Educação e Desporto.

Considerando a aprovação do Curso de Formação Profissional em Tecnologia Radiológica ministrado pela Universidade Estácio de Sá - UNESA, através da portaria nº 535, de 10 de maio de 1995, conforme consta no processo nº 23000.000983/93-94, do Ministério da Educação e Desporto.

Considerando que a criação dos Cursos de Tecnologia Radiológica teve sua origem na Lei nº 7.394/98 e Decreto nº 92.790/86, que regulamentaram a profissão de Técnico em Radiologia.

Considerando a necessidade de amparar legalmente os profissionais egressos das Universidades, fornecendo-lhes documentos de regularidade e registro profissional no Conselho Regional competente para o exercício da profissão.





Considerando o decidido na 3 Sessão da II Reunião Extraordinária de 1996 do 3º Corpo de Conselheiros do CONTER realizada no dia 22 de maio de 1998. Resolve:

Art.1º - Terão direito a requerer inscrição de registro profissional no Sistema CONTER/CRTRs os egressos dos Cursos de Tecnologia Radiológica ministrados pelas Faculdades de Tecnologia Radiológica e devidamente reconhecidos pelo Ministério da Educação e Desporto.

§1º - No ato da solicitação de inscrição para registro deverão ser apresentados os originais dos documentos abaixo relacionados e original do Diploma emitido pela Universidade, devidamente registrado nos Órgãos de Educação competentes. A) Cópia do Diploma emitido pela Faculdade/Universidade; B) Cópia da carteira de Identidade; C) Cópia do cadastro de Pessoa Física (CPF); D) Cópia do Título de eleitor; E) Cópia do Certificado de Reservista (homens) ou alistamento; F) Comprovante de residência; G) Requerimento de inscrição; H) Ficha de cadastro devidamente preenchida e assinada; I)Comprovante de recolhimento da taxa de pagamento referente a solicitação de inscrição; J) 02 (duas) fotos coloridas recentes de tamanho 3X4.

§2º - Os requerentes que ainda não estiverem de posse do Diploma citado no caput deste artigo, deverão apresentar ATESTADO de conclusão emitido pela Faculdade competente, devidamente acompanhada dos documentos citados no parágrafo anterior, sendo-lhe concedida uma franquia temporária para o exercício da profissão, até a apresentação do mesmo, para qual terá prazo de 180 (cento e oitenta) dias, podendo ser dilatado em caso de necessidade.

Art.2º - Aos profissionais abrangidos por esta Resolução aplicar-se-á a legislação pertinente ao exercício da profissão do Técnico em radiologia e as Resoluções, normas e decisões dos Conselhos Nacional e Regionais de Técnico em radiologia, inclusive quanto ao Código de Ética.

Art. 3º- Ficam criados os cadastros nacional e regionais de Tecnólogos em radiologia que terão como sigla de identificação CRTR-T, que será devidamente acompanhada de número de registro com no mínimo de quatro dígitos, iniciados em ordem crescente a contar de 0001. Ex CRTR-T-0001.

Art. 4º - São atribuições dos profissionais enquadrados nesta Resolução:

§1º - Os tecnólogos em Radiologia com formação direcionada para a área médica poderão atuar nas especialidades de Radiodiagnóstico por imagem incluindo radiologia odontológica, radioterapia , medicina nuclear e radioisótopos, hemodinâmica, bem como radiologia veterinária;

§2º - Os Tecnólogos em radiologia com formação direcionada para a área industrial poderão atuar no controle de qualidade de produtos manufaturados, no controle de fabricação e soldagem de ductos, estruturas metálicas e outras instalações, na área de segurança dos portos, aeroportos e correspondência, na pesquisa e conservação de grãos e irradiação de alimentos e outras áreas de interesse de controle e/ou diagnóstico por esses métodos.

Art. 5º - Os profissionais enquanto enquadrados nesta resolução receberão uma credencial profissional, que deverão portar sempre que estiverem no exercício profissional, expedida pelo Sistema CONTER/CRTRs, onde estará especificada a sua condição de Tecnólogo em radiologia.

Art. 6º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 7º - Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Portaria CONTER nº 24, de 24 de outubro de 1995.

MÁRIO CÍCERO NUNES LUCENA
Diretor-Presidente do Conselho
DOU 01/6/98

POSICIONAMENTO Vs. INCIDÊNCIA, O QUE DEVEMOS SABER?


POSICIONAMENTO Vs. INCIDÊNCIA, O QUE DEVEMOS SABER?


Para que possamos realizar um exame radiológico de boa qualidade, não basta calcularmos uma técnica radiológica boa o suficiente para obtermos uma imagem, porém, é de fundamental importância posicionarmos corretamente o paciente ou a estrutura a ser radiografada para que o exame fique dentro dos padrões técnicos exigidos. Portanto, Posicionamento: É o ato de posicionar o corpo ou estrutura de interesse de um paciente na hora do exame. Agora, devemos conhecer um pouco mais sobre as posições do corpo, mas antes, temos algumas Considerações: A palavra decúbito equivale ao ato de estar deitado com as porções Anteriores, posteriores ou laterais do corpo voltadas para a superfície da mesa. Agora, a palavra semidecúbito, significa “meio deitado” (semi = meio / parcialmente; decúbito = deitado), ou seja, o paciente vai estar em uma posição entre deitar de lado e deitar de peito para cima ou de peito para baixo (meio inclinado).
Descrevemos aqui alguns itens importantes sobre as posições para a realização de exames radiológicos:
1) Posição de decúbito dorsal: É o ato de estar deitado com o dorso voltado para a superfície da mesa de exames (de peito para cima).
2) Posição de decúbito ventral: É o ato de estar deitado com o ventre para a superfície da mesa de exames (de peito para baixo).
2) Decúbito lateral: É o ato de estar deitado com a lateral “direita ou esquerda” voltadas para a superfície da mesa de exames. Quando o paciente estiver deitado com o lado esquerdo voltado para o tampo da mesa, dizemos que o mesmo encontra-se em decúbito lateral esquerdo.
4) Semidecúbito ventral “direito ou esquerdo”: É quando o paciente encontra-se com a porção anterior voltada para a superfície da mesa, mas somente com um dos lados encostados.
5) Ortostase: É quando o paciente encontra-se de pé para a realização de determinados exames.
5.A) OAD ou E (Oblíqua Anterior Direita ou Esquerda em Ortostase): é quando o paciente encontra-se de pé e com a porção anterior do corpo voltada para a superfície do bucky, porém com um dos lados (“D” ou “E”) mais encostados no bucky. Na maioria das situações o paciente fica em uma angulação de 45° em relação ao plano do bucky, sendo que em outras, podemos diminuir ou aumentar mais ainda tal angulação, de acordo com o tipo de exame solicitado.
5.B) OPD ou E (Oblíqua Posterior Direita ou Esquerda em ortostase): é quando o paciente encontra-se de pé e com a porção posterior do corpo voltada para a superfície do bucky, porém com um dos lados (“D” ou “E”) mais encostados no bucky.
Incidência: Refere-se a trajetória dos raios-x em relação a determinada porção ou estrutura do corpo do paciente. É muito comum nas literaturas específicas encontrarmos o termo: “Raio Central incidindo perpendicularmente na porção anterior...”.
1) Incidência AP (Antero-posterior): É quando o Raio Central incide primeiramente na porção Anterior do corpo ou área a ser radiografada, saindo na porção Posterior do mesmo.
2) Incidência PA (Póstero-anterior): É quando o Raio central incide primeiramente na porção posterior do corpo ou área a ser radiografada, saindo na porção Anterior do mesmo.
3) Incidência AP ou PA com Raio Central perpendicular: É quando o Raio Central (RC) faz uma angulação de 90° com a superfície do tampo da mesa ou do bucky de parede.
4) Incidência AP ou PA com Raio central com angulação Cefálica: É quando o Raio Central está direcionado para a porção mais superior do corpo ou estrutura a ser radiografada.
5) Incidência AP ou PA com Raio central com angulação Podálica ou Caudal: É quando o Raio Central está direcionado para a porção mais baixa do corpo ou estrutura a ser radiografada.



Outros termos usados em posicionamento radiológico.


A) Decúbito dorsal em Trendelenburg: Posição na qual o paciente fica com a cabeça em um plano mais baixo em relação aos pés, devido a inclinação da mesa de exames, sendo utilizada algumas vezes nos exames de Urografia intravenosa e TGI-ALTO (estômago e duodeno).
B) Decúbito dorsal na posição de FOWLER: Descreve o inverso da posição de Trendelenburg, ou seja, desta vez o paciente vai estar com a cabeça em um nível mais alto em relação aos pés, devido a inclinação da mesa.
C) Posição de SIM: Paciente em Semidecúbito ventral, com a perna do lado encostado na mesa esticada e a outra com o joelho fletido. Tal posição está indicada para o procedimento de aplicação de meio de contraste nos exames de ENEMA BARITADO, por exemplo.
D) Posição ginecológica: Paciente em decúbito dorsal, quadris abduzidos, joelhos fletidos e colocados sobre um apóio. Geralmente usada nos exames ginecológicos e nos exames de HISTEROSSALPINGOGRAFIA, por exemplo.

Ricardo Nascimento de Souza, Professor do curso ENFERTEC e técnico em radiologia médica do Hospital do Pronto-Socorro Municipal e técnico em radiologia médica do programa PRESENÇA VIVA UNIDADES MÓVEIS (RAIOS-X) do Governo do Estado do Pará.
E-mail: snapbio@gmail.com.
Dicas de literatura:
Tratado de técnica radiológica e base anatômica 5ª edição: Kennet L. Bontrager;
Atlas de bolso (também do mesmo autor citado anteriormente);
Enfermagem nas unidades de diagnóstico por imagem, Lúcia Yurico;
O site: www.radiology.com.br